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Quartos, cadeiras, algumas aguentado coisas inaguentáveis,
redefinindo o fogo e a água, descrevendo a terra e o ar,
dando forma a sorrisos e gargalhadas,
dando formato a cartas e e-mails,
dando luz a ideias, a novos começos, a livros e histórias,
contornando tumulos e covas, ultrapassando sons inaudíveis,
e coisas palpáveis que não ouvimos,
A fluir entre nós como algo alien porém tão familiar,
um movimento tão natural como respirar,
Perdido no tempo, no espaço, e até em dimensões estranhas,
paralelas, inventadas ou reais,
vozes que as falam, que as pensam e que as dizem,
mãos que as escrevem, que as desenham ou que as dactilografam,
ecos que as ressoam, que as repetem e que nos fazem ouvi-las.
A sorrir damos conta de que estão sempre presentes.
Em tudo.
Em todos.
Em nós.
Em todos.
Em nós.
Palavras.
Meras palavras.
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Meras palavras.
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