terça-feira, 31 de julho de 2007

TU [ou talvez eu]


Sou cada peça que falta
aí dentro dessa pessoa a
quem chamam Tu.
És o meu Eu perdido,
algures fundido no teu.
Somos um vazio que entoa
aos olhos de quem nele grita
e nada vê. Somos um preenchido
de cor e de dor, esperança e
amor que incita inveja aos olhos
de quem tenta ver em nós
a infelicidade que neles existe.

Gosto-te

Nem tudo é relativo.
Há a verdade.
e a verdade é que gosto de ti.
Assim.
Dessa forma despida,
quase tocável,
quase tangível.
Gosto de outras coisas também.
Encho o pensamento de histórias,de coisas.
Coisas sem nome
todas elas são uma só.
E quero obrigar-te a fazer parte
do conjunto, da totalidade.
Mas és um todo, sozinho.
Preenches uma só totalidade.
Gosto tanto de ti.
Gosto
-te.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

in my heart...


i miss you so much...
quero-te abraçar, quero-te sentir
quero-te amar...
tanta saudade...tanta falta que me fazes...
tao habituada k estava a ti...
Fazias parte do meu quotidiano...da minha vida...do meu ser...
Não passo sem ti nem uma semana.
Não vou passar uma vida.
Acredita que não.
Confia.
*In my heart...i miss you so much that my skin
starts to hurt from the cry that my heart leaps out.*

Divagações (III)


Ás vezes fico invisível. Não me vês. Não notas a minha presença nem a minha ausência. Sabes qual é a sensação de passar despercebida, de ser ignorada e de tentar a todo o custo ser notada? Ás vezes fico à mercê das escolhas. Não me escolhes. Não pões sequer em causa escolher-me. Sabes qual é a sensação de ser uma mera escolha que sabe a todo o custo que não vai ter sequer a hipótese de vencer? Eu sei.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Divagações (II)


Hoje queria um buraco. Um buraco pequenino, pois é assim que me sinto, pequena, minuscula, de alma encolhida, de corpo cansado. Queria um buraco pequenino, tão pequeno de modo a que ninguém o visse, de modo a que ninguém me encontrasse... De modo a que apenas eu me pudesse encontrar, de tão perdida que hoje me sinto.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Divagações (I)


Era quase dia. Ou até não. Podia ainda ser bem noite, não interessa. Atravessou esse quase meio dia, quase meio noite e seguiu para não se sabe bem onde. Dizem que foi por ali. Eu diria que foi por aqui que ele veio. Não importa. O que importa é que se foi. Adeus.

Rosa Vermelha

Oh bela rosa,
Porque tens tu essa cor?
Trazes alegrias ao mundo
Mas para mim és incolor...

Oh bela rosa,
Porque te oferecem como prova de amor?
Não serás tu como as outras?
Ou darás tu outro calor?

Oh bela rosa,
Esses espinhos que ostentas...
...Serão eles para picar
Quem contra ti atenta?

Oh bela rosa,
O teu vermelho é paixão,
Paixão de um amor ardente
Que sinto no coração.

Oh bela rosa,
Porque me fazes chorar?
Lembras-me de coisas passadas
Que não quero recordar...
Oh bela rosa,
Não murches agora...
Quero-te para sempre comigo,
Resplandecente como uma aurora.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Memories that fall from my heart

Saudade é o que eu tenho de ti,
tu sabes bem que sim...
Querer estar ao teu lado
e não poder ser assim...

Um sonho cheio de paixão,
um sonho de verão...
Um amor fugaz
mas verdadeiro,
Que jamais me fará voltar atrás.

O que sinto é real,
é tudo verdadeiro
e tu vais ver no final
que por ti dou-te o mundo inteiro.

Apenas ver os teus olhos
luzentes a olhar para mim,
Dá-me logo uma vontade de sorrir...
De nos teus braços cair...

As tuas palavras suaves como seda,
o teu apoio sincero como nunca vi...
Tudo o que pode haver de bom numa pessoa
eu vejo em ti.

És aquele que mais adoro,
És muito importante para mim.
Pois se achas o mesmo, ou até que não,
Di-lo devagarinho....
Mas ao meu coração.


quinta-feira, 19 de julho de 2007

Oficina de escrita (I)

Não obstante estivesse para chover, não podia passar sem sair e tornar a mirar, ainda que por um instante, o perfil da cidade. O céu estava cinzento, cheio de pesadas nuvens, como quando aqui cheguei pela primeira vez, há dois anos.
Sentado na poltrona, a olhar para fora da janela, como quem se encontra perdido em pensamentos e memórias há muito passadas, recordo esse princípio de uma nova vida...
A atmosfera era muito semelhante à de agora... O sol não dava o mínimo sinal de existência e as nuvens preenchiam todo o céu...
Quando pus um pé nesta cidade nada via, pois a fumaça negra, espessa, que saía lentamente da chaminé do comboio que acabara de parar, tinha-se concentrado de tal maneira que tudo à minha volta se havia tornado imperceptível.
Procurei no meio de toda aquela confusão de transeuntes e fumaça, a minha bagagem e dirigi-me para um táxi que se encontrava estacionado à entrada da gare...
"Para a pensão Estrelas" disse eu, sem qualquer desconfiança sobre o que me iria acontecer nesse profético dia...
Quando o táxi finalmente parou, deparei-me com um edifício soberbo, de onde cada janela exalava uma sensação de pureza e felicidade...de frescura... Era o que eu procurava. Sem mais demoras, abri as portas duplas e entrei naquele místico loval...Era diferente de tudo o que tinha observado pela janela do táxi... A cidade era sombria, os seus habitantes eram hostis e frios... Aquele lugar parecia retirado de outra dimensão e colocado ali, como que se de uma miragem se tratasse.
Dirigi-me à recepção e toquei à pequena campainha que repousava sobre o balcão. Então vi a criatura mais bela à face da terra.
Avançava lentamente para o balcão, com os seus longos e sedosos cabelos loiros, brilhantes como o sol, a ondularem levemente ao sabor dos movimentos de sua dona... Os seus olhos brilhantes, cor de turquesa, ainda os lembro quando contemplo o mar...
Falei atrapalhadamente com ela, e de seguida fui-me instalar no quarto que a rapariga me havia destinado.
Após uns momentos, sentei-me numa poltrona de veludo vermelho, esta mesma em que me sento agora e começei a escrever...
Fiz poemas de quatro e cinco páginas acerca daqueles olhos vindos do mar e daqueles cabelos enviados pelo sol para aquecer os meus dias.
Descobri mais tarde que a dona do meu pensamento e das minhas poesias se chamava Sol, nome mais apropriado penso que não existiria.
Durante um ano, fui-me aproximando e ganhando a confiança de Sol e, durante um ano, ela foi a musa das minhas poesias. Um dia contou-me um segredo seu:
"Sabes, tenho algo para te contar...Sei como me olhas, sei que não é apenas simpatia que sentes por mim, e agradeço-te tudo o que me tens feito..."
Sentia que ela me queria dizer algo importante e começei a ficar preocupado.
"Esta pensão é tudo o que tenho...deposito nela todo o amor que possuo no meu coração, destinando-a a inquilinos que saibam respeitar tal amor, que sejam dignos de tal aconchego que, muitas vezes, não encontram em suas casas. Mas tenho medo...medo que fique ao abandono e que acabe por ser destruída com as maldades e ganâncias do mundo lá fora..."
"Porque dizes isso?" Tinha de perguntar... "Esta maravilhosa pensão há-de estar muitos e muitos anos a teu encargo e hás-de receber os melhores e mais dignos inquilinos, que saibam respeitar e amar este edifício como tu o fazes".
"Quem me dera, e desejo que assim seja, mas infelizmente não vou ser eu a observar tais sonhos a realizarem-se..."
Começei a tremer... Não sabia o porquê de ela me fazer tal afirmação, mas o meu coração começou a bater desenfreadamente como se já soubesse a resposta.
"Dentro de trinta dias poderei já não cá estar..."
Não foi preciso mais nada...Aproximei-me dela, abracei-a, dei-lhe um beijo e disse ainda: "Não te preocupes...Eu cuidarei de tudo".
E um mês se passou, comigo a cuidar do sol da minha vida, que aos poucos ia perdendo o seu brilho... Ainda me lembro, todas as sílabas, todos os incontáveis "obrigado" pronunciados por ela, cada vez que a ajudava com algo, ou mesmo quando me sentava à borda da sua cama para a acarinhar até ela adormecer.
Mas aos poucos, o mar espelhado nos seus olhos ia ficando baço e o sol ia perdendo o seu brilho. Até ao dia do último obrigado.
Passava já um mês e meio desde que havia descoberto o que se passava com Sol. Acordei com um trovão que rompeu no céu escuro como breu. Era de noite e tinha adormecido encostado à sua cama. Procurei a sua face por entre a escuridão e reparei que ela olhava para mim...Agarrou a minha mão e acariciou-a.
A sua cara estava pálida e reparei que o seu último brilho estava a desaparecer...
Hoje ao recordar as palavras que me dirigiu, ainda me cai uma lágrima pelo rosto, de tão viva que ela está no meu coração e na minha alma.
"Sei que é hoje...Sei que não vou ver o sol nascer... Não vou ver um novo dia começar e vou dormir um longo sono... Apenas te quero dizer que se não tivesses entrado na minha vida, este momento teria vindo há muito tempo atrás, mas estaria sozinha e receosa... Como estás comigo, não sinto receio... Estou descansada, pois sei que tudo o que consegui na vida fica bem entregue à única pessoa a quem realmente sou capaz de confiar tudo... Cuida bem do que te deixo, concretiza o meu sonho, e sê feliz."
Eu não conseguia pronunciar nem uma sílaba...Estava petrificado e prestes a desfazer-me em lágrimas... Mas ainda pronunciei umas míseras palavras... Míseras, pois não era capaz de falar decentemente... Gostaria de ter dito muito mais coisas do que as que proferi naquele dia, mas as mais importantes não deixei de dizer...
"O teu sonho não é mais meramente teu... O teu sonho é o meu sonho... É o nosso sonho... E vou cuidar do nosso sonho para sempre, torná-lo realidade...Nunca desistirei de o concretizar... Fica descansada que to prometo aqui, em nome do nosso amor"
"Obrigado" e o brilho desapareceu para sempre...
Agora a pensão contínua em funcionamento, embora não com o mesmo brilho de há dois anos atrás, pois falta um sol brilhante para o aquecer... Também o sol da minha vida desapareceu... O mundo deixou de ter sol e mar, pois o seu representante terreno houvera desaparecido de uma forma tão repentina e injusta...
Quanto às minhas poesias...essas continuam presas ao passado, a falar de uma menina que era o meu sol e o meu mar...

By: Just me

terça-feira, 17 de julho de 2007

This is the Hardest Way...


.
...but life...doesnt have easy ways....

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Sem Ar

Os meus pés nao tocam mais o chão,
Os meus olhos não veem a minha direcção,
da minha boca saem coisas sem sentido,
tu eras o meu farol, e hoje estou perdido.

O sofrimento vem à noite sem pudor,
Somente o sono ameniza a minha dor,
mas e depois? e quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar...

Eu corro pró mar para não me lembrar de ti,
e o vento traz-me o que eu esqueci,
entre os soluços do meu choro eu tento-te explicar
que nos teus braços é o meu lugar.

Contemplando as estrelas e a minha solidão,
aperta forte o peito, é mais que uma emoção,
esqueci-me do meu orgulho para te ver voltar,
permaneço sem amor, sem luz.....sem ar.....

Perdi o jogo e tive de te ver partir,
e a minha alma, sem motivo para existir,
já nao suporto este vazio, quero-me entregar,
ter-te para nunca mais nos separar...

És o encaixe perfeito do meu coração,
o teu sorriso é a chama da minha paixão,
mas é fria a madrugada sem te ter aqui,
Só contigo no pensamento....

Eu corro pró mar para não me lembrar de ti
e o vento traz-me o que eu esqueci,
Entre os soluços do meu choro eu tento-te explicar
Nos teus braços é o meu lugar.

Contemplando as estrelas e a minha solidão,
aperta forte o peito é mais que uma emoção,
esqueci-me do meu orgulho para te ver voltar,
permaneço sem amor, sem luz....sem ar....

O meu ar, o meu chão és tu...
Mesmo quando fecho os olhos,
Posso te ver!

Eu corro pró mar só para não me lembrar de ti,
e o vento traz-me tudo o que já esqueci,
entre os soluços do meu choro eu tento-te explicar,
nos teus braços é o meu lugar.

Contemplando as estrelas e a minha solidão,
aperta forte o peito é mais que uma emoção,
esqueci-me do meu orgulho para te ver voltar,
permaneço sem amor, sem luz.....sem ar........

....Sem ar.....

Original por: D'Black
Alterada por mim.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Quem és TU

Quem és tu, oh transcendente
que tanto me persegues,
De mim e de tanta gente
a tristeza tu consegues.
Quem és tu, diz-me o nome
e o que queres de mim,
És pior do que a fome
ou um pesadelo sem ter fim.
Há tanto tempo que me persegues
E quem és, não consigo saber,
porquê assim procedes
e não me deixas viver.
Porque me fazes triste,
deixa-me ser alguém!
Mas tu nunca consentiste
alegria a ninguém.
Não gostas de ser identificada
gostava de saber porquê.
Sentem-te mas és pouco falada
És coisa que nem se vê.
Mas por esta tu não esperavas
já tenho a tua identificação!
Pensavas que me enganavas
mas o teu nome é SOLIDÃO.

José Manuel Penha Santos