quarta-feira, 30 de junho de 2010

Confusion

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É. Confusão.
Assola-me de tempos a tempos como um velho amigo que não temos assim tanta vontade de rever.
E o que mais custa nisto tudo é que com a confusão vem os pensamentos e eu perco-me neles.
Perdida talvez, mas ainda consciente de tudo o que me rodeia.
Um abraço? Um carinho? Um talvez?


Talvez.


É. Confundes-me. Mas no meio dessa confusão sinto-me feliz. Por estares aqui. Tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Serei louca por ser feliz no meio da confusão?
Ou apenas normal e humana?



Talvez.


Talvez seja tudo apenas confusão.
Talvez seja tudo mais simples.
Talvez seja tudo menor do que parece.
Talvez. Talvez.

But i'm happy.
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domingo, 27 de junho de 2010

undisclosed desire

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Os teus olhos embalam-me suavemente. Assim, como uma criança que ao colo de alguém que a ama fecha os olhinhos ensonados para embarcar num sono sereno e leve.
Esses olhos de um azul de cristal que reflectem o mais puro dos sentimentos, que embora reconhecivel, tem uma queda para o misterioso.
Mistério mais aliciante que me percorre sempre que o teu olhar com o meu se cruza, e que as tuas mãos carinhosamente me afagam o meu ser.
Que aliciante natureza a tua.
Essa aí que é perfeita, sendo apenas tua, e no entanto com os seus erros, por ser humana.
Como queria que fosse tua e minha.
Nossa.
Apenas nossa.
Sim sou egoísta, não quero partilhar a tua natureza humanamente perfeita com o mundo, porque o mundo torna-a apenas humana, e destroi a perfeição.

Vem ser perfeitamente humano do meu lado e olhar-me com os teus olhos de cristal todos os dias, sempre.
Vem afagar-me carinhosamente com essas mãos de porcelana que exalam segurança todos os dias, sempre.
Vem beijar-me com esses lábios perfeitamente perfeitos, que emanam paixão a cada palavra solta ou suspiro largado, todos os dias, sempre.

Tu minha perfeita imperfeiçao, vem ser meu, todos os dias, sempre.




For you are my undisclosed desire.
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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Divagações (XVI)

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Escondo-me aqui, no meio do nada, no fundo de tudo, do que pode e não pode ser.
Assim, despida de razões, de frases feitas ou de pensamentos fabricados.

Escrevo porque quero, porque sinto a necessidade e porque nada mais ou menos me impele a tal.
Falo porque quero exprimir, desabafar, gritar se preciso, que tudo isto é nada mais que um todo.
Penso porque a pensar não durmo, e a dormir penso porque foi assim que fui construída.

Um todo e um nada. De mãos dadas a caminhar no horizonte.

Dás-me a mão?
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