terça-feira, 18 de setembro de 2007

Ruínas do meu ser

Olho para os destroços que me rodeiam. Meras ruínas do que uma vez fomos. O frio entra por todo o lado, deixa-me gelada e sozinha. Para cada canto que olho relembro momentos aí passados com alegria. Mas os buracos existentes no chão são como os que existem em mim... no meu coração... Apenas memórias em ruínas do que uma vez amei. Do que uma vez senti como verdadeiro e do que agora vislumbro como uma mera ilusão. Páro para relembrar o que me fez aqui vir. Não encontro razão. Simplesmente um desejo irracional de uma vez lembrar o que foi meu. Um momento de loucura talvez, que me fez aperceber do passado que já há muito se foi. Do que me pertenceu e não pertence mais.
Sim, de facto este local traz-me muitas memórias. Demasiadas.
Olho pela janela por onde no passado ambos olhávamos o sol raiar. E uma lágrima corre-me pelo rosto. Apenas ruínas aqui. Apenas memórias aqui. E eu choro.
E deixo este lugar. Para nunca mais voltar. Viro as costas ao passado e encaro o futuro com entusiasmo. Ruínas haverão sempre muitas, mas oportunidades de ser feliz existem muito poucas.

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