segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Oficina de escrita (IX)

Lá fora chuvisca levemente, e o ar gelado entra pelas janelas semi-cerradas. Mas eu continuo aqui, sentada, a ouvir o vento embater nas árvores e deixo-me embalar pelo sono...
Lá fora tudo é frio, tudo é inóspito, agreste, solitário...
Aqui há calor, conforto, mas haverá carencia de solidão?... Penso que aqui isso é o que há menos. E quanto existe é por raros e breves momentos. Que passam assim, como uma lufada de ar fresco passa pelo nosso rosto e deixa nele a marca da frieza.
Sim, aqui onde não há frio nem locais inóspitos, há muita, demasiada, solidão.
Rodeio-me das coisas que me aquecem o corpo mas sinto-me sozinha. Despida. Ali fora...no gelo, no frio.
Pois de que me adianta aquecer o corpo quando é a alma que necessita de aquecimento?
Não são meras mantas ou simples casacos que me vão aquecer a alma. Sinto necessidade de algo superior a isso. Calor humano. Especialmente calor teu.
Vem com essa tua maneira vampiresca roubar a solidao de mim. Vem com esse teu geito carinhoso, porém perigoso, aquecer-me a alma e aquece também meu corpo. És a minha essência imortal, já to tinha dito, por isso digo-te agora que me venhas dar a imortalidade que tanto anseio, a imortalidade que tanto de ti quero,
vem aquecer-me Saint!
vem fazer-me feliz, amor...

1 comentário:

Anónimo disse...

Aqueço-te o corpo e a alma com chamas que não vês mas sentes. Trago-te para um sitio que não conheces, mas onde já estiveste quando sonhaste...
Junta-te ao meu mundo, faz parte dele.

Terás lugar ao meu lado...